quarta-feira, 13 de julho de 2011

Idosos e o exercício físico como afirmação da sua identidade


Acredita-se que as atividades de movimento (especificamente atividades físicas) devem estar presentes em todas as fases de vidas. Na última fase de vida (na terceira idade), as pessoas precisam constantemente afirmar sua identidade na sociedade, porque é esperado que se afastem do meio social pela sua situação de vida 'negativa': aposentadoria (ausência de produção), viuvez (morte), 'ninho vazio' (sem papel), mudanças físicas, como rugas e cabelos brancos(desgaste). Todos esses últimos aspectos associam-se à falta de utilidade e à perda de papel social que desencadeia o preconceito relacionado à idade ('velhismo').
Deste modo, o objetivo principal é resgatar o autoconceito das pessoas com mais de 60 anos (denominadas de idosas), através da participação em atividades de movimento/físicas, porque se acredita na sua influência na idade e, consequentemente, na afirmação social. O problema está em descobrir se, realmente, as atividades de movimento influenciam a identidade das pessoas e se possibilitam a afirmação social, além da forma como isso ocorre. Contudo, a preocupação fundamental está relacionada à busca de uma melhor qualidade de vida para estas pessoas. A hipótese enfatiza que a reestruturação de um autoconceito positivo propicia uma conscientização do papel social a partir de uma ênfase no 'eu', estimulada pelo envolvimento com as atividades de movimento.
Este autoconceito positivo é fortemente relacionado com a sensação de auto-eficiência (possibilitada pelas atividades) e permite à pessoa assumir-se como idosa a partir de uma avaliação da situação real de vida, que não ser mais vista como predominantemente negativa. Estas pessoas, apoiadas na sua auto-estima, combatem o estigma negativo do envelhecimento.( "Ser idoso no mundo: o indivíduo idoso e a vivência de atividades físicas como meio de afirmação e identidade social" - Andréa Krüger Gonçalves)

Nenhum comentário:

Postar um comentário