
Atualmente 120 mulheres, com idade a partir de 40 anos, fazem na sede da UPP aula de ginástica e hidro. Antes de iniciarem as atividades todas passaram por uma avaliação física feita por profissionais do SESI. O baile foi uma iniciativa dos policiais que trabalham com projetos na comunidade e todas as senhoras que praticam exercícios na UPP foram convidadas a participarem junto de seus acompanhates. Há pouco mais de um mês um grupo de dança foi criado na comunidade e batizado como “Jovens de Periferia”. Com 10 integrantes de 13 a 30 anos, fizeram sua primeira apresentação na noite da festa e agradaram a platéia.
Os policiais que estavam trabalhando na festa, estavam em seu dia de folga e foram voluntariamente ajudar a servir e organizar tudo. O tenente Juliano de Almeida, subcomandante da UPP Batam, ficou muito feliz com o resultado dos preparativos da festa e a presença da comunidade no baile na UPP. “Ver a sede da UPP toda enfeitada e com tantos moradores aqui confraternizando é muito gratificante, é a prova de que nosso trabalho está dando certo. Nós tentamos de acordo com as nossas possibilidades atender as solicitações da comunidade, o grupo de dança que se apresentou hoje era um pedido antigo e agora tivemos estrutura para poder proporcionar isso para eles. Essa integração com os moradores é fundamental para a realização do nosso trabalho.” Disse Juliano, informando ainda que pretende realizar outra edição do baile até o final do ano.
Dona Maria da Guia Torres, de 58 anos, moradora da comunidade há 36 anos. Agradeceu aos policiais pela melhora na qualidade de vida de todos que moram no Batam. “A gente tem mais liberdade, depois que a UPP veio pra cá acabou o nosso medo. Eu nunca imaginei que nossa vida poderia melhorar dessa forma, nunca pensei que pudéssemos viver bem assim e essa com tranqüilidade que temos hoje”, comentou a senhora que é aluna assídua das aulas de ginástica, hidro e caminhada promovidas pelos policiais. Francisca da Silva, de 68 anos, é da mesma turma que Maria da Guia e disse que além de praticar exercícios na UPP antes de cada aula o policial mede a pressão das alunas para saber se a saúde está em dia. “O médico já tinha me falado que eu precisava fazer exercícios, mas eu não podia pagar academia e agora malho de graça aqui na UPP. A gente requebra e faz atividades, os professores são muito bons.” Contou a senhora que já é aluna de hidroginástica há 1 ano e três meses.
Uma das pessoas mais animadas do baile era o sargento Marco Antônio Carvalho, que além de trabalhar na UPP é também morador da comunidade há 17 anos. “O meu sentimento é diferente de todos. Meu sonho era ver o Batam em paz, moro aqui e como policial era muito ruim ver a minha comunidade com tantos problemas de violência, ninguém se sentia seguro. Os moradores desconfiavam dos policiais e essa transformação me emociona muito. Hoje os moradores e os policiais criaram vínculos afetivos e de confiança, isso me deixa muito feliz.”, explicou o sargento.
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